domingo, 29 de dezembro de 2019

CRISTOLOGIA - Parte 2

Nesta aula, lembraremos da importância do Espírito Santo e como estamos inseridos na Trindade. Veremos os ofícios de Jesus e quais os estados que ele passou, presentes também na vida do cristão. 

CRISTOLOGIA - Parte 2

 Olá! Bem vindo de volta, continuamos em cristologia. Embora se esteja falando sobre cristologia, eu quero fazer um pequeno desvio proposital. Vamos falar do Espírito Santo. 

A IMPORTÂNCIA DO ESPÍRITO SANTO 

 É impossível uma boa cristologia que não fala da pessoa do Espírito Santo porque, quando vemos essa relação da natureza humana de Jesus com Espírito Santo, você percebe no texto bíblico que o Espírito Santo capacitava Jesus Cristo como homem até para fazer os milagres. Na tentação existe um fato importante quando Satanás diz “Chama os anjos para te fortalecer, te ajudar”, justamente batendo na condição humana de Jesus uma das coisas que pretende é que Jesus por conta de suas necessidades reconfigure sua relação com Espirito Santo, Jesus está sendo tentado a desenvolver seu ministério de forma autônoma em relação ao Espirito Santo. Para estabelecer uma boa cristologia, precisamos fazer essa relação, essa conexão entre a natureza humana de Jesus e o Espírito Santo.  

Vamos lembrar da passagem em Mateus Capítulo 3 Versículo 16. Quando Jesus é batizado nitidamente percebemos o Espírito Santo entrando em ação na vida de Jesus de uma maneira muito específica. Outro exemplo, na tentação em Lucas Capítulo 4, mais uma vez o texto diz que o Espírito conduziu Jesus para o deserto. Note que, mesmo tendo a natureza de homem e a natureza Divina, é o Espírito Santo que conduz. Apesar de ser Deus, Jesus tem uma relação tão íntima, tão pessoal com essa parte, essa característica humana, que Ele se deixa conduzir, como no batismo, na tentação. Nas realizações dos milagres, todas são atribuídas nos Evangelhos ao Espírito Santo, vemos isso em Mateus 12:28, Atos 10:38, quando os milagres acontecem na vida dos Apóstolos e na vida de Jesus, vemos uma ação do Espirito Santo, o texto bíblico é claro em fazer essa associação. “E toda a multidão se admirava e dizia: Não é este o Filho de Davi? Mas os judeus, ouvindo isto, diziam: Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios. Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá. E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino? E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam então vossos filhos? Portanto, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus. Ou, como pode alguém entrar na casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua casa? Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha. Portanto, eu vos digo: 
Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.” Mateus 12:23-32 Perceba que a blasfêmia acontece porque esses milagres, essas realizações estão sendo feitas pelo Espírito Santo através da vida de Jesus e aqueles homens estão simplesmente zombando. Zombar dessas obras da ação do Espirito Santo se configura de alguma forma como blasfêmia contra Espírito Santo, Jesus está se posicionando contra esses homens essencialmente porque eles estão zombando ou desmerecendo as obras do Espírito Santo. Jesus não está preocupado em defender as suas obras, que se alguém falar das obras dele, essa pessoa estará blasfemando contra o filho. A humildade de Jesus era tão grande, que a preocupação de Jesus é quando a obra do Espírito Santo está sendo questionada. Jesus afirma que as ações que ele realiza, as realiza na força do Espírito Santo e aqueles homens estão desmerecendo, questionando e blasfemando contra o Espírito Santo ao não enxergar o autor daquelas obras. O texto de Romanos 8 Versículo 11 também surpreende. Paulo fala em romanos que a ressurreição é atribuída ao Espírito Santo. Pensa comigo, Jesus é Deus e Jesus é homem, então Jesus enquanto homem não tinha nenhum poder Sobrenatural enquanto Ele estava no sepulcro. Agora, Jesus nunca deixou de ser Deus, Ele mesmo poderia ressuscitar a si próprio, entende a lógica? Ele mesmo poderia realizar qualquer atitude, qualquer ação, mas o texto bíblico é muito claro ao dizer que Jesus fica num estágio de dependência, pois Ele sendo Deus e homem, espera que o Espírito Santo aja para que ele ressuscite. Isso é fantástico! a bíblia está dizendo que como homem a dependência de Jesus, do Pai, do Espírito Santo é tão grande, que Ele aceita ser conduzido mesmo sendo Deus. ANALOGIA COM A ATUALIDADE Lembrei do meu filho, que gosta de assistir a série The Flash. Imagine que você é um super-herói The Flash, seu super poder é a alta velocidade, e você irá correr contra outras pessoas. Em vez de você usar essa força de ser o homem mais rápido do mundo, você corre exatamente na mesma velocidade que todos os outros. É esta a ideia, que Jesus não está trapaceando usando o seu poder acima de qualquer coisa e sem limites, mas tudo que Ele faz, o faz na dependência do Espírito Santo então. Para entender a cristologia, precisamos entender do Espírito Santo, por que na sua parte que é humana, Jesus depende exclusivamente e totalmente do Espírito Santo. Um teólogo puritano chamado Herman Bavinck, nos ajuda a pensar justamente nessa questão de que uma boa cristologia é impossível sem pensar no Espírito Santo. Vou fazer uma relação com alguns textos, de Jesus como homem e Jesus como Deus, para você refletir. Jesus como Deus, em Mateus 2: 2,11; 14: 13; 28: 9 foi adorado. Jesus como homem adorou o pai. 👉Jesus como Deus recebeu orações dirigidas a Ele e como um homem Ele orou o pai. 👉Como Deus foi chamado de Deus, como o homem foi chamado de homem. 👉Como Deus foi chamado de filho de Deus. Como homem foi chamado de filho do homem. Como  Deus  era  Sem  Pecado.  Como  homem  ele  foi tentado.👉Como  Deus  sabe  de  todas  as  coisas.  Como  o  homem cresceu  em  sabedoria.

OS OFICIOS  DE  CRISTO

 Quando  Jesus  assume  essa  natureza,  essa  Encarnação,  tem propósito,  uma  missão.  Falar  dos  ofícios  de  Cristo  é  falar  do  que ele  veio  para  fazer  como  Deus,  do  que  que  ele  veio  fazer  como um homem.

1º  Ofício:  Sacerdote.  Primeiro,  precisamos  entender  que  o sacerdócio  de  Jesus  é  eterno,  ele  aconteceu  e  ele  continua acontecendo  por  toda  eternidade.  Temos  duas  palavrinhas importantes  e  talvez  você  não  esteja  familiarizado  com  elas: oblação  e  intercessão.  A  segunda  é  mais  fácil,  quando  se  fala  de oblação,  é  referente  ao  sacrifício,  de  sacrificar.  Já  intercessão, refere-se  a  orar. Nem  todos  os  mediadores  são  sacerdotes  mas  todos  sacerdotes são  mediadores.  A  função  ou  ofício  do  sacerdote  tem  a  ver  com mediação  e  por  isso,  quando  Jesus  se  apresenta  para  nós  como  o sacerdote,  estamos  baseados  no  sacrifício  e  na  intercessão. Agora  pensa  na  eficiência  disso,  pensa  na  eficiência  de  um sacerdote  perfeito  ou  de  um  sacerdócio  perfeito  e,  se  existe  um sacerdócio  perfeito,  existe  uma  mediação  perfeita  e  existe  uma interseção  perfeita. Estamos  fazendo  500  anos  da  reforma  protestante  e  um  dos lemas  da  reforma  protestante  é  justamente  dizer  a  suficiência  de Cristo.  O  sacerdócio  de  Cristo  é  suficiente  como  aquele  que  faz  a mediação e ele é suficiente como aquele que faz a intercessão. É muito importante entender sobre a essência do sacerdócio de Cristo. No antigo testamento, o sumo sacerdote entrava no Santíssimo lugar uma vez por ano. Ele colocava aquelas vestimentas bonitas e no seu peito e nos ombros tinha gravado o nome das doze tribos. eu gosto muito dessa imagem, porque se pensamos no Sumo Sacerdote do Antigo Testamento como sendo aquela pessoa com aquela vestimenta perfeita com os nomes das Tribos gravado nas suas vestes, isso me faz pensar que o sacerdote perfeito também tem o nome do seu povo gravado nas suas vestes, ele carrega consigo no seu ato de mediação, aquele que faz esse sacrifício, essa oblação e essa intercessão por nós, assim como aquele sacerdote do Antigo Testamento, carrega consigo o nosso nome, Ele carrega consigo a nossa necessidade de perdão de pecados. Oblação é uma humilhação completa, de alguém que estava disposto a se humilhar para obedecer à lei, se humilhar para morrer e sabemos que é em morte de cruz. Estamos acostumados a pensar no Espírito Santo como intercessor, aquele que quem tem o gemidos inexprimíveis, que que testifica Aba Pai, mas quando estamos pensando numa cristologia completa, a interseção se torna uma coisa mais profunda porque se o Espírito Santo tem o papel de interceder, o próprio Jesus Cristo também tem o mesmo papel de intercessor e essa é uma intercessão eterna. O eco do sacrifício de Cristo é um eco que permanece. Em outras palavras, o que que a Bíblia está querendo dizer: o momento da oração é o momento onde você é introduzido no seio da Trindade, e o Espírito Santo e Jesus Cristo estão falando sobre você com Pai. Quando se pensa que cristologicamente sobre intercessão, imaginamos triângulo e você no meio do Triângulo, o pai na frente, e isto é apenas uma questão estrutural, não existe uma hierarquia, mas uma comunidade. Na oração, o Espírito Santo está falando sobre as suas necessidades, sobre as suas carências, e Jesus Cristo intercedendo pelo sacrifício que ele fez, falando em seu favor. Gosto de pensar “Se Espírito Santo está falando bem de você, se Jesus Cristo intercede por você, a sua chance de ser ouvido é muito grande”. Se temos esse processo cristológico bem definido na Bíblia, significa que não precisamos de nenhuma outra mediação, porque a própria Trindade toma conta, por isso evitamos trazer qualquer outro elemento. Por mais incrível que tenha sido essa pessoa, a Trindade é suficiente, o Pai, o Filho e o Espírito Santo e você, isso é totalmente suficiente para o seu relacionamento com Jesus Cristo. João Capítulo 17, a oração que Jesus faz em nome dos seus, em nome da sua igreja, penso como que fosse um eco por toda eternidade. “Eles não são do mundo, como eu também não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo. Em favor deles eu me santifico, para que também eles sejam santificados pela verdade. "Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” João 17:16-21Esse Eco da oração de João 17, ecoa por toda eternidade, Jesus está clamando por você e por mim.

 2º Ofício: Rei. Rei no sentido de aquele que subjuga, naquele que governa, que defende, mas que restringe e vence os inimigos dele e os nossos também. A Bíblia traz junto a palavra Basileia (Em grego: βασιλεία) que significa reino. O novo testamento está repleto dessa palavra “reino”, mas em Mateus capítulo 5, quando o texto nos fala sobre Basileia duas coisas me saltam ouvido, a primeira é que o reino está relacionado com os pobres de espírito, “bem-aventurados os pobres de espírito porque deles é o reino dos céus”, e segundo, “bem-aventurados aqueles que foram perseguidos por causa da justiça”. O reino está relacionado com domínio, com governo. O ofício de Jesus como um governo, é um ofício que precisa ser demonstrado pela igreja, porque se você olhar na estrutura de um país, de uma nação da sociedade, você não vê, não é perceptível Deus governando todas as coisas. Jesus Cristo como rei é aquele que usa a igreja e o seu sacrifício para entrar na história, rasgar história e mostrar o seu governo através do seu reino. Onde se pode ver Jesus governando? Jesus governa em todos os lugares? Teologicamente sim apesar de não percebermos, sendo assim a igreja deveria ser esse lugar, onde o reino é manifestado. A igreja não é necessariamente a mesma coisa que reino, mas a igreja é aquela que se move na direção do reino e Jesus como rei é aquele que governa, é aquele que exerce domínio. A Bíblia então apresenta Jesus como o governador, aquele que faz parte da criação e tem domínio sobre a criação, sobre os espíritos, ele tem domínio sobre as potestades, sobre o tempo, sobre a morte e ele tem domínio sobre a vida. Este ofício que estamos falando nos mostra como o governo, a esfera de governo de Jesus Cristo é ilimitada mas, embora seja ilimitada, é invisível e justamente por ser invisível ela pode ser ignorada muitas vezes. O papel da igreja é manifestar o reino, por isso que a oração do Pai Nosso, Jesus nos ensina a orar “Pai nosso que estais no céu, santificado seja teu nome, venha o teu reino” para que seja estabelecido, para que seja marcado o ofício dele como o rei. 

3º Ofício: Profeta: O sacerdote recebe ofertas, faz ofertas e cumpre esse papel de mediação entre Deus e os homens. Um rei governa e um profeta é aquele que traz a palavra. Mais uma vez, como todos os outros ofícios, o Ministério Profético de Jesus não cessa com a morte, ele continua para sempre. De uma forma simples mas poderosa, Jesus continua revelando Deus no coração do ser humano por toda eternidade, Jesus continua revelando sobre a essência de quem é Deus, do que Deus espera de nós, sobre a sua vontade.

 PODER E VONTADE

 O ser humano é aquele que tem a vontade maior do que o poder, queremos muitas coisas mas não temos poder para todas as coisas. Quando a vontade é maior que o poder, existe desequilíbrio porque eu quero muito mas eu posso pouco. Agora, quando o poder é maior do que a vontade, existe o equilibro. Deus é aquele que pode além do que Ele quer, Ele pode tudo mas não quer tudo. O homem é aquele que muitas vezes quer tudo, mas não pode tudo, e por isso acaba se frustrando. Por que estamos falando sobre vontade? Como profeta, Jesus Cristo é aquele que revela o poder do Pai e aquele que revela a vontade do pai. Jesus continua revelando em vida, em morte, eternamente a vontade e o poder do Pai. Olhar para Jesus é necessariamente conhecer mais sobre a vontade do pai.  

OS ESTADOS DE CRISTO

 1º Estado: Humilhação.

👉 (1)O Logos
   👉 (2)O esperado 
        👉(3)O encarnado 
           👉(4)Nascido da virgem 
               👉 (5)Batizado 
                    👉(6)Anunciador do Reino 
                        👉(7)Servo sofredor 
                            👉(8)Crucificado 
                                👉(9) Morto 
                                      👉(10)Sepultado 
O Logos, aquele que era desde o princípio e que é eternamente. Ele foi o esperado, desejado, essa expectativa Messiânica existe desde Gênesis 3 a partir da queda podemos ver no texto bíblico, mesmo no antigo testamento, que havia uma expectativa Messiânica da vinda de Jesus. Então esse Logos que sempre existiu e é esperado. Ele se encarna, no sentido espiritual e o sentido carnal, físico. Ele nasce, é batizado, Ele é anunciador do reino, ele é o servo sofredor, crucificado, morto e sepultado. Você verá isso no livro de Filipenses, esses esvaziamentos, Ele sai do ponto auge ao ponto mais inferior que se pode existir. Quando o texto bíblico fala que Ele não usurpou, nos revela que o amor dEle pela humanidade era tão radical, que Ele não considerou o fato de ser Deus. Ele não deixou de ser Deus, mas ele colocou esse fato em standy by (do inglês, em reserva). Vemos essa estrutura de um esvaziamento daquele que é o rei perfeito e agora se tornam o rei mais humilhado de todos os tempos. Aquele profeta que era o mais puro, mais poderoso, aquele que tinha as melhores palavras, é esvaziado e sai desse nível de glória para esse nível de murchar, de esvaziar. PARA PENSAR Agora pensa nas duas naturezas de Cristo passando pelo Estado de Humilhação. O que significa o Divino sendo esvaziado e o que significa humano sendo esvaziado? Nesse momento, essas duas naturezas estão vivendo a mesma realidade, as duas naturezas estão sendo humilhadas, esvaziadas. É impossível pensar em cristologia sem pensar que essas duas naturezas de Cristo sofrem esse processo de esvaziamento. É impossível exercer uma fé cristã sem esvaziamento, a fé cristã é uma fé que esvazia para depois encher, não a que enche para depois nos esvaziar. Isso faz toda a diferença no sentido de percepção espiritual.

 2º Estado: Exaltação. 

                         (6) Juízo final 
                    (5) Aquele  que  voltará   
              (4)Intercessor       
         (3)Sentado  a  Direita  do  Pai     
     (2)Ascendido  aos céus   
 (1)Ressurreição 
Agora  ele  ressurreto,  ascende  aos  céus  senta  a  direita  de  Deus  e nessa  posição  Ele  é  o  nosso  intercessor,  nosso  “paracleto”,  nosso advogado,  é  aquele  que  voltará  um  dia  e  no  juízo  final  é  aquele que  julgará a  todos.   Pensando  na  relação  desses  dois  estados,  aquele  que  se  esvazia de  toda  glória,  chega  no  extremo  oposto  do  esvaziamento  e  agora atinge  uma  glória  incomparável. Esta  glória  desse  Cristo  ressurreto  é  uma  glória  que  afeta  a humanidade  num  sentido  muito  mais  radical  do  que  a  glória daquele  Cristo  que  estava  longe,  no  primeiro  estado.  Esta segunda  é  uma  glória  que  afeta  o  ser  humano  no  seu  dia  a  dia, que  afeta  a  continuidade  da  existência.  Deus  está  querendo  dizer que  glória  longe  é  uma  gloria  que  só  iria  fazer  bem  para  Ele, assim  Ele  se  esvaziou  daquela  glória  para  que  a  glória  pudesse alcançar sua  vida  e  minha  vida.   Esse  exemplo  dos  Estados,  de  um  extremo  ao  outro,  nos aproxima  da  Trindade,  nos  aproxima  da  identidade  de  Cristo,  nos aproxima  da  Glória  de  Cristo  e  nos  mostra  um  caminho.  Se  um discípulo  não  pode  ser  maior  do  que  o  seu  senhor,  isso  significa que  esse  estado  de  Humilhação  e  Exaltação  também  está presente  na  vida  de  qualquer  cristão.  Logo,  não  começamos  com exaltação,  se  começa  com  a  humilhação,  por  isso  que  o cristianismo  começa  com  uma  morte.  No  batismo  você  é  batizado e  você  morre  para  o  mundo.   

Querido, por favor, não confunda isso no sentido de uma falsa humildade, mas uma humildade no sentido de que você é primeiro amassado, transformado em barro, apequenado, você diminui o valor do seu ego para depois Cristo ser exaltado em você. Esse mesmo movimento de Humilhação e Exaltação precisa acontecer na sua vida num sentido ainda mais radical. Pense, Cristo mora aonde? se Cristo deveria ser aquele que habita no nosso coração, uma vez que esses estados aconteceram no tempo e na história, esses movimentos de exaltação e humilhação precisam acontecer agora no seu próprio coração. Pense naquele incrédulo, no ateu ou qualquer pessoa de qualquer grupo religioso, a fé cristã passa necessariamente por esse vale, por essa parábola. REFLITA A SUA VIDA CRISTÃ Como saber se estou amadurecendo na minha vida cristã? quando eu sei que, como cristão, estou andando para frente não andando para trás. Percebe a influência de cada um desses aspectos dos estados de Cristo na sua vida pessoal? desde aquele que começa na humilhação, o caminho da vida cristã irá seguir esse vale, esse arco, até chegar na glorificação, no momento onde você estará com Jesus Cristo na eternidade. Qual será o melhor momento da história? É o Juízo Final. Talvez nós crentes não temos tanta facilidade para pensar assim, porque na hora do juízo final, teremos a nossa sentença ao lado do pai e, teoricamente, o juízo final é a parte mais assustadora da história. Não deveria ser assim porque o juízo final é o momento onde Cristo vai ser máximo glorificado e exaltado na sua vida, o auge da sua glória o auge do seu relacionamento com Deus. Você irá experimentar o auge da exaltação de Jesus Cristo em você. Espero que isso te ajude a ter menos medo do juízo porque, no final das contas, quando se pensa em humilhação e exaltação, o juízo é a porta que nos diz “Bem-vindo ao lar, você chegou.” 

Deus te abençoe, até a próxima. 

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