sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

A Origem dos Seres Humanos – Parte I

Antropologia Cristã 

A Origem dos Seres Humanos – Parte I 

  Antropo = homem (no que diz respeito ao ser humano) + Logia = estudo; Antropologia = Estudo do Ser Humano; Porquê? Pois o estudo do Ser Humano se dará por meio do entendimento Bíblico acerca da origem do homem.    

👉🏿(1) A Base Bíblica para o estado original de inocência e perfeição;

👉🏿 (2) Um estado de virtude e retidão; 

👉🏿 (3) Visão sobrenatural; 

👉🏿 (4) Visão natural;

👉🏿(5) Um ambiente perfeito;

👉🏿 (6) Um estado de domínio;

👉🏿 (7) Um estado de responsabilidade moral;  A questão sobre a identidade do homem é tema de muitos debates e inquietações, mas a grande reflexão aqui é: “Quem sou eu? ”. A resposta e o entendimento à essa pergunta é o que procuramos quando estudamos Antropologia, mas ela depende da sua cosmovisão, ou seja, da visão ampliada que temos de mundo, crenças e ideias sobre o mundo, e, além disso, essa resposta vai determinar o seu caminho na vida. Todos os teólogos evangélicos creem que os primeiros seres humanos foram criados diretamente por Deus. E essa é a visão que nos servirá como preparação do cenário para uma abordagem da origem da alma de cada ser humano segundo Adão, bem como servirá como contexto para a compreensão da depravação inerente herdada pela humanidade, desde a época da criação. INÍCIO versus Origem (1) O início indica simplesmente o fato de passar a existir, (2) enquanto origem carrega a ideia de propósito do início dessa existência. , Pelo fato do ser humano ter esquecido o seu propósito de origem, fica perdido no universo em um dilema existencial, reconhecendo apenas que ele está ali porquê. Não somos fruto do acaso, mas sim, gerados com o propósito da glória de Deus.

 👉🏿 A base bíblica para o estado original de inocência e De acordo com Gênesis 1 perfeição.

👉🏿 2, Adão e Eva foram criados em total inocência. Não havia nenhum tipo de malícia na sua natureza ou no ambiente onde eles estavam inseridos.

  Eles “não se envergonhavam” (Gn 2:25), e não conheciam o “bem e o mal” (Gn 3:5). Em suma, além de não conhecerem a culpa por qualquer tipo de pecado, eles também eram inocentes com relação ao pecado. Além disso, mesmo a tentação do “sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gn 3:5) implica que eles não conheciam o mal antes de caírem. Na verdade, foi somente ao experimentarem o fruto proibido que “foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais” (Gn 3:7). De acordo com o Novo Testamento, pela desobediência, Adão e Eva se tornaram pecadores (Rm 5: 12; 1 Tm 2:14) e trouxeram a condenação sobre si mesmos e sobre toda a sua posteridade: “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. ” (Rm 5.18). Antes disso, eles eram ilibado. 

👉🏿 (1) Um estado de virtude e retidão. Além de serem inocentes e sem malícia, Adão e Eva eram moralmente virtuosos em função do estado em que foram criados, pois Deus os dotou de perfeição moral. Salomão escreveu: “Vede, isto tão somente achei: que Deus fez ao homem reto, mas ele buscou muitas invenções” (Ec 7:29). A palavra hebraica para designar “reto” é ‘’éyashar’’, e significa honestidade ou integridade, ela é a mesma palavra utilizada em conexão com “justo” (Dt 32:4), “reto” (Jó 1:1), e “puro” (Jó 8:6). Consequentemente, ‘’yashar’’ não denota apenas a ausência de maldade, mas também, a presença da bondade mas presença real da virtude . — não é ausência de vício, Existem duas visões básicas a respeito da origem deste estado de pureza na criação: A visão sobrenatural: Tomás de Aquino (12251274) e os seus seguidores na Igreja católica, também sustentavam o mesmo ponto de vista, ou seja, que a retidão original não era natural, mas sobrenatural. Jonathan Edwards (17031758) sustentou que esse estado original, teria sido um estado de graça sobrenatural no qual Adão foi criado antes da queda, mas que, em função do pecado, foi perdido: ser perfeitamente inocente e ser perfeitamente íntegro. A visão natural: Shedd argumentava que esse estado de perfeição na criação era natural, ou seja, a própria natureza com a qual Deus criara Adão era moralmente reta e perfeita. Ele observou que a mesma palavra ‘’ yashar’’, é utilizada por Deus para se referir a Jó: “Este era homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava 1:1)se do mal” (Jó A justiça original está contida na própria ideia de um homem que nasceu pelas mãos do Criador. Ela é parte do seu dote de criação, e de nada precisa ser acrescentado. A obra do Criador é perfeita, e não precisa de nenhuma espécie de aperfeiçoamento. Em suma, de acordo com a visão natural, como Deus é perfeito, Ele é incapaz de criar uma criatura imperfeita. Logo, o estado natural de Adão e Eva, desde o momento da criação, era, necessariamente, de perfeição.

 👉🏿 (2)Um ambiente perfeito: Além de uma natureza perfeita, Adão também recebeu um ambiente perfeito, no Éden não havia imperfeição moral (ou metafísica), não havia pecado, era um lugar de bondade (Gn 2:822; 1:31), não havia nenhuma tendência ao mal do ambiente ao seu redor. A criação não estava sujeita à corrupção, da forma como ficou depois da Queda (Rm 8:22). Não havia morte no gênero humano (Rm 5:12) e tanto a natureza interna quanto externa eram absolutamente perfeitas.

👉🏿 (3)Um estado de domínio: No estado original da criação, a humanidade não era serva da natureza, mas exercia seu senhorio sobre ela. O homem não era escravo do seu braço forte, ao contrário, a natureza lhe servia, pois ela estava sujeita à humanidade. “Enchei a terra, e sujeitaia; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gn 1:28). 

👉🏿 (4)Um estado de responsabilidade moral: Tudo isso não significa que Adão não precisaria prestar contas a ninguém que estivesse acima dele. Na verdade, ele estava em estado de subordinação, pois “E ordenou o senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás ; [...]” (Gn 2:1617). Adão tinha a responsabilidade de obedecer ao Criador. Como sabemos, foi exatamente neste ponto que Adão falhou, de maneira miserável ( Gn 3:1ss; cf. Rm 5:1221 ; l Tm 2:14).
 Adão estava livre no sentido em que suas ações foram autodeterminadas (ação de decidir por si só).

Quando  Adão  escolheu  desobedecer  esta  ordem,  Deus  o  considerou culpado,  com  a  seguinte  pergunta:  “Comeste  tu  da  árvore  de  que  te  ordenei que  não  comesses ? ” (Gn  3:11). As  Palavras  grifadas  claramente  indicam  que  houve um  ato  de autodeterminação  (cf.  v.  13).  Tu  fizeste  isso,  disse  Deus.  Portanto,  tu  também serás  responsável  pelo  teu  ato,  sustentou  o  Criador.  Ninguém  mais  fez  com que  Adão  e  Eva  cometessem  o  pecado,  nem  mesmo  o  próprio  Diabo,  que  foi  o autor  da  tentação. Assim  é  a  natureza  autodeterminada  da  liberdade. Porém,  as  pessoas  perfeitas  em  um  paraíso  perfeito  não  estavam  livres de  um  intruso  imperfeito.  Satanás,  um  arcanjo  decaído,  havia  se  rebelado contra  o  Criador, levando  consigo  um  terço  dos anjos do  céu  (Ap 12:4,9). Por  uma  decisão  livre  e  não  coagida  das  suas  vontades,  o  casal  perfeito  no paraíso  perfeito  caiu  na  imperfeição.  ( Rm 5:19;  1Tm  2:1 ).  A  sua  desobediência gerou  a  morte  e  a  destruição  (Rm  5:1221;  8:2023). Nenhum  mal  interior  ou  exterior  os  levou a  transgredir.  Mas  o  uso grosseiro  da  liberdade,  erroneamente  exercido,  desencadeou  a  obediência  e  as suas trágicas  consequências. 

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