A próxima instituição é o sinédrio, ele veio com Esdras e Neemias, eles fizeram uma reforma e levaram o povo a fazer um pacto de aliança com Deus para viver o que eles entendiam que era a Lei de Moises, sendo assim, esse primeiro pacto foi a matriz do que entendemos por sinédrio, ele era uma suprema corte, onde se legislava sobre a vida do Judeu, tinha um impacto muito forte, pois era ali em que o Judeu era julgado. O sinédrio era presidido por um juiz, e ele tinha poder inclusive de pena de morte, era composto por 70 pessoas e todo o Judeu, em qualquer lugar, era sujeito ao julgamento dessa corte. Mas qual é a importância disso para o texto bíblico? É nesse lugar em que Jesus entra e é julgado para ser sacrificado. Qual é a ironia? O sinédrio foi construído para que o Judeu não se perdesse, mantivesse sua fidelidade com Deus. E quando Jesus entra no Sinédrio, no lugar que foi feito para que os Judeus não se perdessem do caminho, eles condenaram o próprio caminho. Então essa ilustração mostra como temos a tendência de, mesmo bem-intencionado, nos perder naquilo que temos de melhor. O sinédrio e a sinagoga eram para ser lugares de benção, mas Jesus teve que brigar com esses dois lugares. Agora vamos pensar nos personagens da história, quem vivia na Palestina na época de Jesus? Primeiro, eram os Samaritanos, podemos ver vários textos na Bíblia falando deles. Quando Zorobabel foi construir o templo, ele volta para a Palestina e traz um grupo com ele, a região de Samaria era um lugar onde, no exílio, os dominadores trouxeram povos de outros lugares para povoar o local, essas pessoas não tinham a identidade judaica.
domingo, 17 de novembro de 2019
Palestina nos Tempos de Jesus - Parte 2
Hoje falaremos sobre o ambiente, as instituições e os personagens que conversaram com Jesus. Quando olhamos para o mapa (anexo à aula anterior) podemos vê história, vidas e pessoas. Vale observar que quando falamos de Palestina, estamos falando de terra, do território onde o povo de Deus sempre viveu e agora, nosso objetivo é conhecer todo esse contexto. Agora vamos a novos elementos, no período após todas as marcas, qual é a consequência definitiva de tudo, nesse momento da história, tem-se estrada para ligar todos os lugares, assim, o povo possui mobilidade, antes era muito difícil se locomover, depois que os Romanos vieram, tudo se interliga, as estradas, a língua (grego) e o comércio, que é onde as pessoas se conectam, compram e vendem, é uma vida urbana. Temos então a interferência dos gregos tentando moldar o pensamento. A primeira ideia dessa aula é a Sinagoga, ela foi um evento muito importante na história, pois apareceu em um tempo onde não existia um templo e o povo estava longe de casa, então a sinagoga surgiu de um desejo do povo de aprender a palavra de Deus e seus costumes, então passaram a exigir dos sacerdotes esse local. A própria ideia de sinagoga no grego vem de reunião, de estar todos juntos. A sinagoga é aonde o povo se junta para aprender sobre Deus, mas qual é a importância desse local? Foi um instrumento usado de forma definitiva para Israel vencer a idolatria. No Antigo Testamento, sempre vemos um povo que se levanta e cai, levanta e cai, por causa da idolatria. A sinagoga representa na história do povo de Israel, um momento de virada, depois de todo o sofrimento, é na sinagoga que os mestres irão aparecer, ensinando a ler, dar ênfase no jejum, no sábado, na circuncisão, na pureza da aliança, então é aqui que surge uma figura muito importante, a do mestre. Qual a diferença entre o mestre e o sacerdote? O mestre não tinha necessidade de ser de linhagem sacerdotal, era alguém habilitado a falar sobre a lei e ensiná-la, ele era o instrumento de auxílio para o povo dentro da sinagoga. Em muitas vezes, Jesus é chamado de mestre, e quando as pessoas estão olhando para Jesus e chamando-o de mestre, eles têm todo esse sentimento, pois quando se olha para um mestre, sabemos quem ele é, é que ajudou de uma vez por todas a acabar com a idolatria, pois sabiam qual era o efeito da idolatria na vida do povo. Na sinagoga, temos um grupo de adoradores que se reúnem para ouvir a lei, eles se concentram ali e desejam ouvir a lei, pois sabem que se não guardarem a lei no coração, passarão por períodos difíceis. Depois desse período onde a palavra era explicada e existia a exortação (no original, exortação tem a ver com encorajamento), existia um momento onde eles recitavam e cantavam o Salmo, aprendiam com essa linguagem a cantar com a alma. Essa estrutura que vemos dentro da sinagoga é a base de toda a liturgia da maioria das igrejas cristãs de hoje (com algumas variações, é claro), mas desde a sinagoga, vemos o formato claro de culto que devemos obedecer. Inicialmente, a sinagoga seria provisória, mas começou a fazer parte da vida do Judeu de forma tão definitiva, até mesmo com a conquista do fim da idolatria, o Judeu nesse período era alguém que não pensava mais na ideia de fazer uma imagem, construir um Deus de algum material, então por essa conquista, a sinagoga ganha um lugar permanente na história dos judeus. Hoje os Judeus continuam se reunindo em sinagogas.
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